A TERRA É UM PLANETA DE REALIDADE TRANSITÓRIA, o que é caracterizado,
sobretudo, pelo fato de tudo o que aqui nasce possuir, em seu código
genético, o germe da morte. E isso é só o que se sabe, pelo menos por
enquanto, acerca dos mistérios que envolvem a vida biológica em nosso
planeta.
Mas há pesquisadores que se empenham em descobertas e raciocínios mais lógicos, e estão avançando como podem. Para a nossa ciência, o planeta Terra possui 4 bilhões e 600 milhões de anos, sendo que após 800 milhões de anos da sua origem surgiu uma molécula com um código de DNA. Até hoje, contudo, não se concebe como uma molécula tão complexa, possuidora do código da vida, tenha surgido nas condições que a Terra apresentava naquela época, pois aqui não são encontradas as substâncias químicas que a formaram e nem o ambiente necessário para que essa molécula de DNA tenha surgido espontaneamente, restando a opção de que ela veio de fora, de que poderia ter sido trazida por um meteoro ou cometa. Francis Crick, contudo, ganhador do prêmio Nobel por ter descoberto as hélices do DNA (1994), descartou a hipótese dos astros, ou seja, da Panspermia Balística, porque, em sua opinião, esse complexo código genético não chegaria aqui ileso se tivesse sido transportado em condições tão precárias. Para Crick, restou a conclusão lógica de que alguém o trouxe para a Terra intencionalmente, portanto, algum ser inteligente.
Tangendo o universo da nova ciência, a arqueoastronomia, verificamos que o egiptólogo Robert Bauval, estudando as três pirâmides de Gisé, percebeu que a pirâmide do meio saía levemente do alinhamento em relação às outras duas, mas ele não entendia o porquê de construtores tão detalhistas terem permitido esse fato. Posteriormente, o egiptólogo chegou à conclusão de que esse pequeno desvio correspondia exatamente à mesma variação de ângulo das três estrelas da constelação de Órion (popularmente conhecida como “as três Marias”). Ele mediu a distância astronômica e as variações de ângulo das três estrelas, mediu a distância das três pirâmides e suas variações de ângulos e constatou que o construtor tinha copiado, com precisão, as coordenadas astronômicas das três estrelas. Concluiu, então, que quem fez esses cálculos tinha grande conhecimento de Astronomia. Bauval, juntamente com o jornalista Graham Hancock, utilizando um programa de computador, pesquisaram para saber se houve e quando teria ocorrido uma superposição de Órion sobre aquele local e verificaram que no ano 10450 a.C. as três estrelas estavam exatamente em cima das pirâmides.
Posteriormente, esses mesmos pesquisadores, estudando os templos de Angkor Wat,
no Camboja, perceberam o que o número de templos e o desenho que eles
formavam no solo correspondiam ao mesmo número de estrelas, o mesmo
formato e as mesmas variações de ângulo da Constelação de Dragão.
Mais uma vez foram ao programa de computador e verificaram que também
em 10450 a.C. a Constelação de Dragão estava exatamente em cima dos
templos. Baseados nisso, começaram a estudar várias construções
monolíticas antigas como a de Teotihuacan, no México, as de Tiahuanaco,
na Bolívia, dentre outras, e perceberam que todas foram construídas com
o intuito de representar na Terra as constelações do céu como ele era
no ano 10450 a.C. A esfinge, no Egito,
tem o corpo de leão, o rosto de homem e está olhando para um ponto
fixo. Mais uma vez o computador foi consultado e os dois constataram que
em 10450 a.C. a Constelação de Leão
(atentar para o formato do corpo da esfinge) estava no ponto de visão
da esfinge. Chegaram, enfim, à conclusão inevitável de que houve um
consenso no passado, de espalhar pela Terra monumentos que
representassem o mapa geográfico astronômico do ano 10450 a.C. Vale
observar que nós só aprendemos a fazer esses cálculos matemáticos no
século passado.
Arqueólogos
egípcios e americanos, analisando o calcário utilizado na construção da
esfinge, descobriram que ela foi feita há mais de 10 mil anos.
Conseqüentemente, ela teria sido construída antes da construção das
primeiras cidades da Mesopotâmia.
Ou seja, temos, obrigatoriamente, de concluir que houve uma outra
civilização antes de nós. Mas a que nos remete essa maravilhosa e tão
necessária ciência nova em nossa reflexão?
Pensemos mais um pouco. Antes do surgimento da Filosofia, na Grécia,
o conhecimento era advindo dos mitos e muitos deles descreviam o
convívio normal dos deuses com os seres humanos. Depois de um tempo
dessa convivência, os deuses foram embora com a promessa de voltar.
Várias culturas apresentam em suas mitologias
essa relação terrena de deuses com os seres humanos. Na Austrália foram
encontradas pinturas de 5 mil anos com desenhos de ETs; no Museu de
Bogotá, na Colômbia, encontram-se esculturas de naves espaciais feitas
há mais de mil anos. A Bíblia fala sobre nuvens luminosas, o Mahabharata, poema épico hindu, cita as vimanas,
que eram máquinas voadoras que “podiam vencer distâncias infinitas”; os
livros tibetanos Tantjua Kantjua fazem referências a máquinas voadoras
pré-históricas chamadas de “pérolas do céu”.
Há cerca de 5 mil anos, onde hoje se situa a capital do México, existia uma cidade lendária chamada Tula. Segundo a lenda, uma virgem chamada Chimalma gerou um filho chamado Quetzalcoatl. Ele propagou uma doutrina que dizia que o ser humano poderia manter contatos com os seus ancestrais e com os deuses. Para isso era necessário ter uma vida digna e ética, viver em contato com a natureza, estudar as coisas sagradas e ter conhecimento do que hoje é tido como Ciência, para despertar as faculdades superiores. Quetzalcoatl, como Jesus, também se transfigurava e falava com os anjos. Ele foi uma das maiores lendas da cultura tolteca. Os toltecas deixaram como herdeiros culturais os povos maias, incas e astecas.
No seu legado veio um calendário que hoje é conhecido como Calendário Maia, mas estes diziam que o calendário havia sido feito por seus ancestrais, que seriam os toltecas. No livro “Digitais dos Deuses” Graham Hancock
refere-se a esse calendário. Quem o fez tinha um conhecimento
astronômico que só foi obtido pela nossa cultura século 20. Eles mediram
um ciclo do giro do eixo da Terra, em relação à esfera celeste, e
perceberam que a cada ciclo de aproximadamente 5125 anos ocorre uma era.
Para os planejadores do calendário já existiram quatro grandes eras: a
primeira foi destruída pelo fogo, a segunda por terremotos, a terceira
pelo vento e a quarta pelo dilúvio. Segundo o que eles acreditam, essa
última era do calendário teve início no ano 3114 a.C., na época em que
os deuses chegaram mais uma vez na Terra, permaneceram algum tempo e
saíram prometendo retornar no final dessa era, que termina em 23 de
dezembro de 2012.
O “ Bhagavad-Gita”, livro que faz parte do Mahabharata, cita a era de Kali Yuga, que corresponde ao período de 3114 a.C. a 2012 d.C. Para eles, essa era é a última de um processo de cinco eras e que após essa última, a humanidade se renovará. A tradição judaico-cristã chama esse período de “Juízo Final” ou “Separação do Joio do Trigo”; a doutrina espírita o chama de “Reciclagem Espiritual”, quando a Terra passará de um mundo de expiação e provas para um mundo regenerado.
No livro “ O Código da Bíblia”, o repórter Michael Drosnin refere-se ao trabalho do matemático israelense Eliyahu Rips. O matemático descobriu que os cinco primeiros livros do Antigo Testamento da Bíblia possuem um código que profetisa vários fatos ocorridos recentemente na nossa história contemporânea como, por exemplo, o assassinato do Presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, levando-nos a concluir que foi uma inteligência superior à da nossa comunidade científica atual que entregou esses livros a Moisés, pois até hoje não conseguimos prever o futuro. São muitas evidências de que nós tivemos contatos com seres de fora, que se foram rometendo voltar.
Para Pitágoras, o criador da palavra filosofia, a sabedoria plena e completa é própria dos deuses e o homem só pode almejá-la tornando-se filósofo, buscando amorosamente a verdade. Segundo ele, estamos em um ciclo de reencarnações para purificação dos nossos espíritos e só assim deixaremos de nascer na Terra. Nos seus últimos momentos na prisão, Sócrates, em longa conversa com Fédon, comenta o que acontece com a alma após a morte do corpo. ”É uma opinião muito antiga que as almas, ao deixar este mundo, vão para o Hades, e que dali voltam para a Terra e retornam à vida após haverem passado pela morte”. Em outro momento da conversa, o filósofo diz que “lá há lugares maravilhosos e diferentes da Terra”, evidenciando a transitoriedade da vida terrena. Platão afirmava que já trazemos o nosso conhecimento conosco; que no mundo material não existe aprendizagem, mas sim, o processo de rememoração, pois o conhecimento fora adquirido antes de nascermos neste planeta.
Hoje, muitas pessoas consideradas normais afirmam fazer viagem astral
e há outras que dizem que se comunicam com os mortos. Será que diante
de tantas evidências de que nós não somos quem pensamos ser, não estaria
na hora de começar a nos dedicar à investigação da existência do
espírito, para compreender que existe uma verdade que já está colocada
no nosso passado, que já começou a ser escortinada e que somente com
muita abertura mental poderemos vislumbrála, a distância, para que
possamos compreender o nosso presente e conjeturar o nosso futuro? Para
mim, esse é um propósito da Filosofia, desde a sua origem. Para alguns, a
função da Filosofia é apenas terapêutica; a Verdade foi transformada em
mero jogo de palavras. Será que isso é Filosofia, será que é o fim da
Filosofia, ou acabaram-se os filósofos?
A
nova crença de alguns da contemporaneidade é que as nossas alegrias e
tristezas, lembranças e ambições, o nosso senso de identidade pessoal e livre-arbítrio,
na realidade, são apenas o resultado do comportamento de um vasto
complexo de células nervosas e suas moléculas associadas. Será? E se não
for apenas isso? Não estaria na hora de a Filosofia começar a utilizar
as descobertas científicas para reassumir a sua verdadeira função? Até
quando nos basearemos na fé? Enquanto pensamos, alguns poucos,
conhecidos ou anônimos, no mundo inteiro, dedicam as suas vidas a
estudos e pesquisas no intuito de que saiamos da estagnação que nos
acomete.
Manoel Pereira Júnior
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