O gigantesco asteróide Apophis está voando em direção à Terra. Teoricamente, a sua colisão com a Terra é possível em 2036. Se isso se der, as conseqüências podem ser as mais catastróficas. Na opinião do vice-chefe da agência espacial russa Roskosmos, Vitali Davidov, o Apophis irá causar destruições maiores que o meteorito de Tunguska.
Em 2029 será possível calcular com precisão se haverá ou não uma colisão de Apophis com a Terra. A esta altura, o asteróide, que também gira em torno do Sol, irá aproximar-se a uma distância muito pequena do nosso planeta – cerca de 30 mil quilômetros. O maior desgosto que a população da Terra vai enfrentar neste caso é a cessação do funcionamento de aparelhos de televisão, pois os satélites geoestacionários se encontram precisamente a esta distância da Terra. Mas depois de penetrar no campo gravitacional da Terra, o Apophis pode alterar a sua trajetória e sete anos depois, quando se der mais uma aproximação do nosso planeta, pode ocorrer uma catástrofe, - adverte Serguei Naroenkov, perito em ameaças cósmicas do Instituto de Astronomia da Academia de Ciências da Rússia.
“Atualmente estima-se que as dimensões do asteróide Apophis sejam cerca de 230 – 300 metros de diâmetro. A queda de um corpo deste tamanho na Terra acarretará uma catástrofe de envergadura regional. Ao cair numa superfície sólida, o asteróide pode destruir tudo em um raio de cem quilômetros do local da queda. Além disso, haverá um terremoto de magnitude 7 na escala Richter. Se o Apophis cair na água, haverá um tsunami”.
Os especialistas pensam já agora em como afastar a ameaça do Apophis. Foram propostas diversas variantes. Pode-se pintar um lado do asteróide com tinta branca. A cor branca reflete a luz, portanto os raios solares irão aquecer de uma forma irregular a superfície do Apophis o que irá alterar, afinal, a trajetória do seu voo. Pode-se fazer explodir o asteróide, mas isso encerra um outro perigo: os seus fragmentos pequenos irão perfurar como metralha a atmosfera e as conseqüências disso na Terra serão ainda mais graves. A variante mais viável é lançar um “rebocador”, que leve o asteróide consigo, - opera Serguei Naroenkov.
“Trata-se de um aparelho, instalado bem perto do corpo do asteróide, que cria pequenas perturbações na órbita deste corpo celeste. Os comandos transmitidos para este aparelho permitirão deslocar um pouco o asteróide a fim de evitar trajetórias perigosas, isto é, fazer que o asteróide atravesse um pouco mais cedo o ponto de colisão com a Terra ou, pelo contrário, um pouco mais tarde”.
Mas é preciso pôr em andamento este projeto já agora, visto que a sua realização requer tempo. Em 2029, quando for possivel avaliar com alta precisão a probabilidade da colisão do asteróide com a Terra, já será tarde enviar o rebocador, - adverte o cientista.
Aliás, nem todos os especialistas compartilham deste assustador ponto de vista. Yuri Karach, membro-correspondente da Academia Rússia de Cosmonáutica Tsiolkovski, acha que o espaço cósmico encerra ameaças muito mais sérias para a humanidade.
“A milhares de anos-luz de nós existe uma estrela binária, que gira em torno de um certo centro de massas. Existe a probabilidade de um dia ela disparar um feixe de raios roentgen. Se este feixe acertar na Terra, nós todos seremos submetidos à espectrofluorometria permanente, durante vários anos. Que acha desta perspectiva? Mas isso é perfeitamente real e a defesa contra este fenômeno é impossível. Uma vez que a estrela binária está a milhares anos-luz de nós, não podemos tomar nenhuma medida preventiva”.
Existe também mais um ponto de vista. Os cientistas assustam-nos com semelhantes “horrores” a fim de conseguir o aumento do fianciamento de seu setor. Atualmente estima-se que exista uma chance entre 250 mil de o Apophis vir a colidir com a Terra.
NASA propôs uma tecnologia de proteção da Terra contra asteróides
Cientistas criaram uma tecnologia para desviar asteróides que poderá proteger a Terra de futuros impactos. Os investigadores pretendem influenciar o movimento de asteróides, mudando a sua refletividade.
Uma nave espacial não tripulada aplicará tintas escura e clara eletrostáticas à superfície do asteróide girando. Em resultado, o sol vai aquecer um lado do asteróide mais do que o outro. O impulso reativo fraco, causado pelo resfriamento do lado quente, vai mudar a trajetória do corpo cósmico.
Normalmente, esse impulso é muito fraco e precisam-se de milhões de anos para que haja pequenas alterações na órbita do asteróide. Mas se tintar artificialmente os lados opostos do asteróide de cores contrastantes, a tração reativa pode ser significativamente aumentada.
Os cientistas querem testar este método no asteróide Apophis, que vai se aproximar da Terra em 2029 e 2036. Supõe-se que durante a experiência a trajetória do asteróide mudará até três raios da Terra em 2036.
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